terça-feira, 29 de julho de 2008
Eu pensava que sabia o que era amar...
Ao brotar estupefato, encantado, com o encanto, com o canto, com o conto, que a vida traz agente.
Pensava que amar: era adormecer no mais tênue orgasmo esvaecido.
Pensava que amar: era vislumbrar o pôr-do-sol e ver a mais pura eternidade.
Eu pensava que amar era amar, amar, amar...
Eu não sabia que amar: era adoecer constante a alma.
É morrer de dor de alento, acalentado pelo esplêndido momento de ternura.
Eu não sabia que amar: é anestesiar por um momento a vida.
É morrer por dentro.
É ferir...
É ferir-se...
Sem razão, sem lucidez, jogado a própria sorte ao amor.
Sem saber o que é amar, amar, amar...
Evandro Pantoja
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