terça-feira, 11 de setembro de 2007

Porquê agente vive?

Agente vive pra sonhar
Agente vive pra sorrir
Agente vive pra comer

Agente vive pra falar
Agente vive pra ouvir
Agente vive pra amar

Agente vive pra chorar
Agente vive pra pensar
Agente vive pra debochar

Agente vive pra estudar
Agente vive pra sentir
Agente vive pra brincar

Agente vive pôr viver
Agente vive pra sofrer
Agente vive pra fuder

Agente vive pra vida
Agente vive com a vida
Agente brinca com a vida de vida!

Mas que vida que nada
Agente vive pra morrer!


Evandro Pantoja

terça-feira, 7 de agosto de 2007

RELATO PÓSTUMO

Quando abrir a janela, verás somente cinzas. Resquício simbólico. Pulverizadas, amargas, fétidas... Restos de descontentamento. Lembranças cadavéricas de um amor pobre, podre, impúbere.

Nem mesmo a luz do sol, a brisa lá fora, será capaz de apagar tão trágica lembrança. Tão insólito amor insano, insensato, mordaz.

Jamais quisera eu que fosse assim, mas assim se fez a vida, o tempo, agente, o momento. Imprevisíveis em demasia dos fatos.

Chorar agora, não vale a pena, só agrava a dor de pasmo insignificante. Oh... Quão insolente fomos nós, em pensar rosas e não cravos.

Agora terás como alento, restos cremados, de um amor maldito e minha presença nunca mais.

CANONIZAÇÃO DE UM SANTO

Durante sua efêmera passagem pela terra, ele nos ensinou muito. Nasceu em família humilde. Foi filho de carpinteiro. Ensinou o evangelho de Deus ao seu povo. Andou entre os pobres, ricos, mendigos, leprosos e prostitutas. Sem exceção, amava a todos. Fez milagres. Sofreu. E por fim, nos últimos dias de sua vida, humilhado. Morreu por nós. E nos deixou um grande legado. A oportunidade de um dia sermos ressurrecto e salvos.

Jesus de Nazaré, como assim era chamado por muitos, realmente foi um santo, santo com “s” maiúsculo. O maior santo de todos os tempos. Um santo “completo”. Verdadeiro.

Ele deixou registrado, a sua história, e os seus preceitos; para o resto dos tempos; para todas as nações; e para todas as pessoas. Sem distinção.

Assim como Jesus cristo sofreu, atualmente sofremos, mas um sofrimento diferente. Esforçamos-nos para cuidar, alimentar e proteger nossas famílias. Enfrentar o desemprego. A fome. A miséria. A Fugir da violência que assola o mundo. Somos a imagem e semelhança de cristo. É claro que nunca seremos iguais a ele. Mas, pelo menos, por esforços, poderemos um dia chegar perto através de nossos atos.

Se estivesse junto a nós, nos dias de hoje, com certeza se envergonharia diante de nossos governantes e diante de toda confusão religiosa pertinente em nossa sociedade, se envergonharia de ver tamanha pomposidade de tais religiosos, a grandeza, na qual muitos vêm em nome dele e se dizem ser os verdadeiros representantes de cristo aqui na terra. Imaginaria... ”Não foi nada disto que ensinei e deixei aos meus filhos como aprendizado, estão blasfemando e desvirtuando tudo, mas ainda sim, os amo..”

Não somos melhores que ninguém. Somos todos iguais, feitos à imagem e semelhança de cristo, sofremos como ele sofreu, e enfrentamos as admoestações do dia-dia, sejamos ricos ou pobres. Jesus cristo foi o nosso verdadeiro santo vivo, de carne e osso, e continua em nossas memórias pelo seu extraordinário exemplo deixado a humanidade. Não nos cabe ‘endeusar’ a homens aqui na terra, nosso verdadeiro representante é cristo.

Somos valorosos e vencedores por vivermos em uma sociedade cheia de atribulações e dificuldades. Somos todos cristãos. Somos todos santos. Devemos ser CANONIZADOS!

Texto Evandro Pantoja

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

FAMILIA DE FUZILEIRO MORTO EM BELÉM AINDA CLAMA POR JUSTIÇA

Evandro Pantoja,
Belém Pará

O que era, apenas, para ser um simples treinamento militar, acabou se tornando em morte.

O fuzileiro naval Marcelo Magno Alves de Almeida, 19 anos, participava do curso ‘Expedito de Operações Ribeirinhas’ no Centro de Instrução Almirante Brás de Aguiar (Ciaba) juntamente com cerca de 40 fuzileiros, no último dia 30 de março deste ano.

Os fuzileiros, depois de uma corrida, seguiram em um caminhão para o Ciaba, onde fizeram natação. Todos usavam uniformes camuflados de selva, fuzil e uma mochila nas costas com cerca de 25 quilos.

No segundo período de treinamento denominado de ‘permanência’, quando todos ficam boiando parados dentro da piscina,Marcelo sentiu-se mal, estava muito cansado e pediu para sair da piscina, mas não lhe foi permitido. Mesmo exausto o soldado foi obrigado por instrutores a ficar dentro da água e continuar a segunda etapa do treinamento.

O grupo então teria iniciado o chamado ‘caldo’, empurrando Magno para baixo da água pelos ombros. Um sargento então teria pedido aos instrutores e aos cabos que parassem e não submetessem o soldado ao ‘caldo’.

Os quatro obedeceram à ordem, mas como era madrugada e o sargento havia se afastado do local, os cabos e os soldados teriam reiniciado o ‘caldo’, puxando Magno para o fundo pela ‘gandola’, uniforme usado para treinamento, e também pela perna calça, seguidas vezes até ficar totalmente submerso pela água.

Percebendo que o fuzileiro não voltou à tona, os quatro mergulharam e trouxeram o soldado para cima da água. Mas era tarde demais, Marcelo já estava morto.

Segundo contam os familiares, e outros colegas do fuzileiro, que não podem ser identificados por motivos de represálias da Marinha, Marcelo já estava sentindo-se mal desde a primeira etapa de treinamento. Testemunhas afirmam que os instrutores responsáveis pela morte do soldado, seriam os cabos Cláudio e A.Freitas e os soldados Gedilson e Alves.


O Instituto Médico legal Renato Chaves, fez a necropsia e revelou que o fuzileiro morreu após sofrer dilatação do coração como resultado do esforço físico. Segundo o laudo do IML, se a corporação tivesse feito os exames cardiológicos a morte do soldado poderia ter sido evitada.
A falta de ambulância no local teria impedido o salvamento de Marcelo.

Comovidos pela dor da perda de um filho que sonhava em fazer parte das forças armadas do Brasil e pela impunidade. Os Pais de Marcelo Magno, Moisés Pereira Almeida e Eucíria Alves junto de amigos e familiares, participaram da Manifestação do 12ª Grito dos Excluídos, no último dia 7 de setembro, em Belém, onde leram uma carta Manifesto em defesa da vida e da justiça em campanha pela condenação dos responsáveis da morte de Marcelo Magno. ‘ Estamos lutando contra uma poderosa instituição, mesmo assim, ainda temos fé e esperamos ver os verdadeiros responsáveis presos, desabafou o pai, Moisés Almeida.

O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA

Se há algo neste mundo que nos permita crescer, sonhar, viajar, e até chorar. Este algo é a leitura. Não há nada mais democrático que isto.
Os livros, as revistas, os jornais, estão expostos extraordinariamente no nosso dia-a-dia.
O interesse pelo conhecimento, deve partir de cada um de nós, pois, só através dele, podemos ser críticos e até transformar o mundo em que vivemos.
O ser humano pode ser percebido na maneira de como fala ou escreve, e a leitura reflete isto. Não conheço ninguém, que, para tornar-se um governante, um médico ou um jornalista, por exemplo, não tenha tido a experiência da leitura. Muitos escritores famosos, pesquisadores, e estudiosos como Russeu, Einstein, Platão, Copérnico e outros, tornaram-se mundialmente conhecidos através da leitura e do conhecimento de outras pessoas e enriqueceram suas vidas e as de milhares.
A leitura teve e têm, até os dias de hoje, um papel fundamental, o da transformação. Algumas pessoas mesmo que tardiamente e por falta de oportunidade descobriram o prazer de ler e escrever e chegaram num alto nível que jamais pensaram chegar.
Os livros nos acompanham desde cedo e logo no início da vida aprendemos que estudar é importante. Se hoje quisermos ter uma boa profissão e sermos melhores pessoas, temos de ler inevitavelmente.

ÊTA ! MURRIETA MAMOU NA TETA E AGORA É LOUCA !

Foram mais de oito milhões de reais saqueados pela Juíza Ana Tereza Murrieta da conta de vários cidadãos belenenses. Isto é um absurdo! Alguém que deveria representar e ajudar o povo pela busca de seus direitos, mete a mão em bolso alheio e depois de beneficiar se de toda essa dinheirama, diz ser louca. O engraçado disto tudo é que quando ela se esbaldou nesta grana toda, estava em perfeito estado. E têm mais, não seria um absurdo ela ser promovida ao juizado “louca”?. È, essa não deu para engolir. Agora é só esperar mais um capítulo, desta novela, da lentidão da justiça, e das pré-históricas leis do país, para ver aonde isso vai dá. Desta vez quem terá um final feliz? O cidadão, que paga seus impostos rigorosamente ou a juíza esquizofrênica?

O CAOS NO TRANSPORTE DE INUTILIDADE PÚBLICA

Ainda é cedo, o sol mal nasceu, e ainda muito brando, anuncia o dia. Milhares de pessoas nas ruas fadigadas, acordam para uma realidade necessária, o trabalho. A cidade doente, já começa também a sentir os seus pulmões enfraquecerem novamente e anuncia mais um dia de luta e cansaço. Resultado do acelerado processo da vida moderna, capitalista e egoísta.
Velhos, adultos, crianças, se expõem em precários pontos de paradas de ônibus, espalhados pela cidade à espera de condução para mais um dia de suas rotinas. O trabalho, a escola, seja qual for seu destino, tudo necessário para seu sustento e futuro. As ruas já começam a lotar de transportes em busca de passageiros. O ônibus pára e logo amontoassem milhares de pessoas na tentativa de um lugarzinho e conforto no ônibus, mas quase não tem alternativa. Este é um horário de pico e geralmente os transportes lotam. O sufoco é inevitável. A senhora tenta descer em seu local de destino, mas quase é jogada para baixo do ônibus. A pressa de alguns motoristas que quase sempre se atrasam, o faz tomar este tipo de atitude, isso quando não xingam, ou nem se quer param, no ponto desejado. A mãe senta com o filho e escorrega. O braço da cadeira enferrujado e quebrado impedem que ela se mantenha em seu estado normal, o único jeito é ficar em pé. O adolescente puxa de seu bolso um punhado de moedas e o trás para a sua vista. Ele conta, reconta e parece que a economia que fez para pegar o transporte estava certa e qualquer falta de uma moeda lhe faria um imenso rombo ao final do mês.
Alguns passageiros meios desconfiados olham a todo instante para cada pessoa que entra no coletivo, pois o risco de assalto é grande, e muitos já estão acostumados com esta realidade. O Desrespeito, a Intolerância, o desconforto e o medo, são alguns dos problemas que os passageiros enfrentam diariamente dentro dos coletivos. O poder público se quer acorda para a melhoria nos transportes e muitas das vezes fica em favor dos empresários, egoístas, que só pensam na melhoria de suas vidinhas, quando deveriam pensar em solidariedade e amor ao próximo. Enquanto em nosso país houver pessoas que pensam desta forma o caos público prevalecerá.