sábado, 7 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A face da violência
As reportagens diárias e análises observadas em jornais locais e/ou comentários feitos por cidadãos e autoridades competentes sobre a onda de violência que toma conta da capital paraense e de todo nosso estado, pouco tem levado em conta ou aprofundado os reais motivos pelo qual o crime vem ganhando corpo e desafiando a classe policial dia após dia.
Analisam-se os fatos superficialmente e em muitas vezes se pensa, em curto prazo. Muitos esquecem que a criminalidade está de fato relacionada à problemática do capitalismo contemporâneo -- que ao longo dos tempos vêm segregando cada vez mais ricos e pobres -- (vide crise econômica mundial) e que em muitas vezes culpam-se os governos e as instituições competentes (objeções que em muitas vezes não deixam de ser legitimas), mas que não podem ser analisadas de forma simplista, como se a violência tivesse origem recente -- e não ganhado corpo ao longo dos anos de descaso público e também de nosso egoísmo medíocre.
Muitos propagandeiam como soluções: construções de novos presídios, aumento no efetivo policial, diminuição da maior idade penal, etc. Outros apontam o dedo na cara de governos como sendo os únicos responsáveis pelo crescimento da violência. Esquecem que apenas estas soluções e escrachar governos, não bastam. Ora, se o fato que muitas vezes leva um jovem para a prática da criminalidade é sempre a busca por bens materiais e satisfação própria, veremos que logo a violência se alarga dentro da esfera social e não é apenas um corpo estranho em nosso meio.
Deveríamos refletir: porque a violência esta cada vez mais banal. Em que a taxa de natalidade ajudaria para o controle de fato, no número de crianças que nascem desamparadas (muitas por pais irresponsáveis) e que mais tarde tornam-se potenciais vítimas do crime.
Deveríamos refletir: sobre em que a fantasia televisiva contribui também para tornar desejos e satisfações de milhares de jovens em devaneio. Deveríamos refletir em que nossa participação em projetos sociais ajudaria a levar cidadania a milhares de jovens carentes. Só falar não ajuda a resolver os problemas, temos que arregaçar as mangas e partir pra luta, que também é nossa. Deveríamos refletir...
Evandro Pantoja
Analisam-se os fatos superficialmente e em muitas vezes se pensa, em curto prazo. Muitos esquecem que a criminalidade está de fato relacionada à problemática do capitalismo contemporâneo -- que ao longo dos tempos vêm segregando cada vez mais ricos e pobres -- (vide crise econômica mundial) e que em muitas vezes culpam-se os governos e as instituições competentes (objeções que em muitas vezes não deixam de ser legitimas), mas que não podem ser analisadas de forma simplista, como se a violência tivesse origem recente -- e não ganhado corpo ao longo dos anos de descaso público e também de nosso egoísmo medíocre.
Muitos propagandeiam como soluções: construções de novos presídios, aumento no efetivo policial, diminuição da maior idade penal, etc. Outros apontam o dedo na cara de governos como sendo os únicos responsáveis pelo crescimento da violência. Esquecem que apenas estas soluções e escrachar governos, não bastam. Ora, se o fato que muitas vezes leva um jovem para a prática da criminalidade é sempre a busca por bens materiais e satisfação própria, veremos que logo a violência se alarga dentro da esfera social e não é apenas um corpo estranho em nosso meio.
Deveríamos refletir: porque a violência esta cada vez mais banal. Em que a taxa de natalidade ajudaria para o controle de fato, no número de crianças que nascem desamparadas (muitas por pais irresponsáveis) e que mais tarde tornam-se potenciais vítimas do crime.
Deveríamos refletir: sobre em que a fantasia televisiva contribui também para tornar desejos e satisfações de milhares de jovens em devaneio. Deveríamos refletir em que nossa participação em projetos sociais ajudaria a levar cidadania a milhares de jovens carentes. Só falar não ajuda a resolver os problemas, temos que arregaçar as mangas e partir pra luta, que também é nossa. Deveríamos refletir...
Evandro Pantoja
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