Era antes de tudo, um bom moço, de sonhos intensos e alma escancarada. Um sonhador a qualquer custo, de boas idéias e grandes ideais. Imaginara um certo dia em ser feliz, - e nada mais, - já não se interessava pelas coisas simbólicas e materiais da vida: pensava os bons momentos, os locais, as pessoas... Contava-lhe de seus desejos a todos. Tinha muitos planos. Abrira caminhos para muitas pessoas, com seus projetos entusiastas; e também abrira sensações e percepções da vida. Para muitos era um tanto desvanecido, desmiolado; para ele, a verdadeira alma de homem simples, ajustado aos procedimentos da vida.
Durante muito tempo lutara para realizar seus desejos; - mas parece que tudo nesta vida, quanto mais se há de querer, mais se há de lutar! O que antes pensara em tornar realidade, via a cada dia, mais longe e mais cruel, e quão remota era a possibilidade; o desespero ia crescendo.
As relações familiares já não eram mais as mesmas, quanto a de menino empolgado, nos seus 15 anos de idade. As amizades, as relações amorosas...Tudo era devaneio. O que antes imaginara e confiara a qualquer um ser, via que ao longo dos tempos tinha de ser diferente e indiferente. Conhecera, a partir dai, a vida: nua, dura e crua; o ser humano dissimulado, incompleto, egoísta, ‘irracional’. Mas aprendera uma lição: jamais confiar nos seres humanos ’racionais’. Porém, estas situações o fustigava a sonhar e a lutar cada vez mais, - mesmo que por muitas vezes sentindo-se só, - ou não... (debruçava-se sempre entre os livros e libertava sua mente). Para muitos, estas poucas linhas acima, denotam traços de uma estória pessimista, de lamentações. Para mim, mais uma etapa da vida!
Evandro Pantoja.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
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